Este artigo tem como objetivo descrever uma pesquisa sobre os estigmas causados pelo isolamento e preconceito social, enfrentados pelas mulheres mães de filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), as quais tiveram suas vidas transformadas drasticamente por conta de um diagnóstico inesperado. Partindo da observação e vivência dentro de um contexto de inclusão no espaço escolar, onde a exclusão se faz presente, surgiu o interesse de pesquisar sobre os sentimentos das mães consideradas especiais e os estigmas causados pela exclusão, como visto é algo que persiste na sociedade. Para a abordagem do assunto em questão foi realizado um estudo de caso, ouvindo primeiramente a mãe de uma criança com síndrome de down, porém, percebeu-se a necessidade de desbravar outras realidades onde os olhares recaíram sobre as mães de filhos com autismo severo, ponderando sobre uma voz materna que luta para dar voz às outras mães em suas lutas diárias, o presente estudo buscou investigar e revelando o quanto essas mães mulheres são estigmatizadas e como se sentem invisíveis diante dos olhos da sociedade. Conforme o desenvolvimento da pesquisa compreendeu-se que são necessários mais estudos, e reflexões sobre a realidade do “mundo autista”, para que haja investimento e um engajamento na luta em prol da inclusão e assistência às muitas famílias que enfrentam o grau severo do espectro, divulgando com urgência informações sobre as reais dificuldades enfrentadas pelas mães no processo de tratamento do autismo entre outras complexidades, para que sejam criadas políticas públicas para o auxílio dessas famílias e no amparo da pessoa autista também na fase adulta, sendo tratada dignamente, respeitada como cidadã e incluída da sociedade.