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AS FAKE NEWS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS JOVENS E TODA SOCIEDADE

Luciana Aparecida de Souza Paiva

Resumo

As fakes news, ou notícias falsas, não são uma novidade. Um fenômeno que atualmente vem provocando diversas polêmicas, e que ganha força em meio a esse ambiente digital, são as chamadas fake News. Essas notícias falsas são frequentes em todas as mídias sociais digitais e até mesmo em alguns sites e blogs, havendo inclusive portais dedicados exclusivamente na produção destas. ‘Reescrever a história’ e criar ‘novas verdades e fatos’ a partir de notícias falsas, destacam-se alguns como os fins políticos (que na prática já se registram casos verdadeiros onde estas tiveram grande importância em campanhas eleitorais de grande porte) e fins publicitários, o que faz das fake news um assunto, que de forma geral chama a atenção de muitos, e academicamente se mostra relevante para estudos de cientistas políticos, publicitários, estudiosos dos fenômenos do ciberespaço, sociólogos, dentre outros. Elas são escritas e publicadas com a finalidade de disseminar informações que não são verdadeiras sobre grandes acontecimentos e assuntos, principalmente no que diz respeito a figuras públicas, política e economia. É importante ressaltar que o ano de 2016 foi um marco para trazer a temática à tona, tendo em vista que dois eventos políticos de repercussão mundial foram marcados pela utilização das notícias falsas: as eleições presidenciais norte-americanas e o referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Não por acaso, no mesmo o ano, o dicionário de Oxford definiu a “pós-verdade” como palavra do ano. Apesar disso, é necessário reconhecer que o fenômeno das notícias falsas pós-2016 são a ponta de um iceberg de um processo complexo de desinformação e radicalização política em que as velhas ameaças à democracia ganham uma “nova roupagem”, dado o sistema tecnológico em que os novos mecanismos estão envolvidos. A pandemia de COVID-19 exacerbou esse fenômeno, o qual se tornou motivo de grande preocupação, especialmente diante do aumento progressivo de buscas na Internet sobre temas de saúde por parte da população, sendo que o Google foi a ferramenta mais utilizada. A pesquisa referenciada da Avaaz apontou que nove em cada 10 brasileiros entrevistados leram ou ouviram ao menos uma informação falsa sobre a COVID-19 e que sete em cada 10 acreditam em ao menos uma desinformação veiculada. Ainda, outra pesquisa apontou que 62% dos brasileiros não sabem reconhecer se uma mensagem é falsa ou verdadeira. Por sua vez, a mídia com sua capacidade influenciadora, deveriam enfatizar e distinguir as notícias verídicas das inverídicas, o que na maioria das vezes não acontece, posto que a mesma potencialize tal prática ao invés de combatê-la. Por essa razão, o objetivo desse artigo é o de trazer esclarecimentos a respeito das fake news e seus malefícios não apenas para os jovens, mas também para a sociedade como um todo, pois a disseminação de tais notícias podem destruir vidas de inúmeros indivíduos com consequências irreversíveis para o planeta e humanidade, principalmente quando pensamos em mudanças climáticas e doenças tais como a COVID-19 e o negacionismo quando se trata das vacinas dentre outros temas importantes. Portanto contradizer fake news específicas é educar cidadãos para lidar com mídias digitais que persistem como ações paliativas que não enfrentam o cerne das questões geradoras do cenário de desinformação em que nos encontramos e assim acabam comprometendo a democracia.

Palavras-Chave: 

Fake News; Jovens; Sociedade; Democracia.

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