As profundas transformações ocorridas nas últimas décadas na sociedade econômica têm exercido influência na dinâmica e estrutura familiar, causando impactos significativos em sua organização e formação tradicionais. Surgem diversas formas de arranjos familiares, além da redução em seu tamanho. Atualmente, há um elevado número de famílias reconstruídas por meio de separações, divórcios, novas uniões e relações homoafetivas. Um desafio considerável enfrentado por esse tipo de família é o preconceito que ainda persiste na sociedade. Embora o Estado reconheça os novos tipos de famílias e existem leis que garantam os direitos de casais homoafetivos, inclusive no que diz respeito à adoção de crianças e jovens, o preconceito ainda é uma realidade frequente no país. No entanto, os arranjos familiares que têm surgido ao longo da história ainda se constituem com o mesmo propósito. As mudanças são bem recebidas, especialmente quando fortalecem ainda mais a essência da instituição familiar, independentemente de sua forma de constituição. Assim, a família continua a representar a produção de cuidados, proteção, aprendizado, afeto, construção de identidades e vínculos que contribuem para uma melhor qualidade de vida de seus membros, promovendo inclusão social na comunidade e na sociedade em que vivem.