As concepções alternativas são tema recorrente em pesquisas relacionadas ao ensino de Física e desempenham importante papel no processo de internalização do conhecimento científico. No ensino da óptica na educação básica as cores, quando são trabalhadas, e os conhecimentos sobre cor pigmentos são vistos de forma superficial, o que pode criar verdadeiros obstáculos epistemológicos e influenciar no processo de formação profissional dos futuros professores de Física. Sob a égide dessa proposição, o presente trabalho é a primeira parte de um projeto sobre as cores que se estenderá a propostas de experimentos para o ensino de óptica. O artigo identifica e categoriza as concepções alternativas de 14 licenciandos da disciplina de laboratório de Ondas e Óptica da licenciatura em Física do IFRN Campus Natal-Central sobre cor-luz e cor-pigmento. A metodologia se baseou na análise de conteúdo de Bardin (2011) e os dados utilizados para a categorização foram obtidos a partir de uma atividade com 4 perguntas abertas e uma fechada. Cada uma das respostas obtidas foi categorizada e os resultados demonstram que os licenciandos tem concepções alternativas que se aproximam do conhecimento aceito cientificamente, mas ainda comentem muitos erros conceituais. Os resultados evidenciam que as concepções mais próximas da explicação científica foram aquelas que relacionavam somente a luz aos fenômenos que envolviam as cores na natureza. A maioria dos discentes relacionava apenas a interação luz-objeto como explicação para a percepção das cores. Isso pode demonstrar um grau de desconhecimento sobre a cor-pigmento e indica a necessidade de mais estudos e a produção de materiais a serem utilizados no ensino de Física, tanto para estudantes do Ensino Médio como para a formação de futuros professores nos cursos de licenciatura em Física.

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